Educação? A educação que recebemos é um insulto à nossa inteligência! Educação consiste no desenvolvimento pessoal e social de cada um a partir da transmissão de conhecimentos entre gerações. Consiste na construção do indivíduo até que se torne um homem, no sentido romântico do termo...
A educação escolar do estado é corrupta, incompleta e foge por completo ao seu objectivo. É o que eu gosto de chamar especialização profissional geral. Ninguém nos prepara para pensar em algo mais do que as nossas miseráveis vidinhas nesta sociedade que mais se assemelha a uma colmeia de ignorantes. Todos aprendemos Matemática, Ciências, Economia, etc.. todos vamos para a Universidade coleccionar aprendizagem, conhecimentos, ser algo mais.. todos queremos ser alguém.. Ninguém quer ser um falhado...
Não é difícil ver uma utilidade prática na aprendizagem destas áreas de conhecimento, mas a verdade é que sempre que olho à minha volta só vejo gente especializada, mas ignorante, mal-educada e sem sentido crítico. Já ninguém se preocupa em questionar absolutamente nada, como se tudo fosse absoluto. Tal como se considera certo artista o melhor músico do mundo porque uma certa revista o divulgou como tal, considera-se tudo aquilo que se passa à nossa volta e é real para nós como verdadeiro e inquestionável. Falo de valores, ideiais, crenças, rotinas, estilos de vida, comportamento social, etc...
Suponho que seja um facto assente uma vida humana ter como único propósito prosperar individualmente a partir de normas e princípios medíocres definidos pelos outros...
Se eu fosse professor, cada esclarecimento que desse acerca de certo assunto seria seguido de um conjunto de perguntas muito simples que revolucionariam a nossa educação: "O que pensam disto? Porque é que o pensam? Que outras opiniões poderiam ter, para além dessa? Que acham do que os vossos colegas pensam? Já pensaram que aquilo que pensam é apenas isso, aquilo que pensam, e não a realidade?"
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
O meu sonho..
Tudo o que eu mais quero é:
Acordar de manhã ao lado de uma bela mulher de cabelos negros e beijá-la com ternura todos os dias. fazer amor com carinho, ternura e paixão no olhar, acumulando uma sensação de serenidade e satisfação para todo o dia. Ir ao alpendre observar o céu matinal, pintado com uma exótica mistura de cores quentes e frias, as árvores de fruta do pomar com pássaros poisados a cantarem melodias mais antigas que a própria música, a floresta circundante repleta de verdes de todos os tons. Tudo aquilo que todos, no fundo, sabemos ser a resposta mais simples para a incómoda pergunta de qual o sentido da vida...
Suspirar de satisfação em saber que consegui o que queria. ir ao quintal ordenhar a vaca e colher meia dúzia de frutas para fazer o pequeno-almoço para a minha cara-metade. Leite fresco com torradas de pão feito no meu forno com manteiga caseira e um belo sumo de laranjas do pomar...
Agradecer pela benção de estar vivo como se nascesse e tivesse consciência disso todos os dias, fumar um cachimbo de erva plantada no meu quintal e seguir a minha rotina, sempre com a cabeça cheia de ideias que me distraiam das minhas tarefas.
Cavar o quintal, plantar os meus vegetais, colher os que estiverem bons, alimentar os animais, ir buscar água ao rio e aproveitar para dar um mergulho matinal na água gelada e cristalina...
Quatro horas depois de acordar, a minha companheira chama-me para almoçar. Um delicioso prato repleto de vegetais, preparado com um carinho que reflecte a nossa felicidade por nos termos um ao outro. Fumamos juntos depois do almoço, enquanto conversamos acerca de coisas sem importância, contemplando-nos...
Desloco-me à minha oficina, suja e desorganizada. Repleta de utensílios de produção de cerâmica artesanal e com um familiar cheiro a barro húmido.. Abro as portadas, deixando a luz entrar e sento-me a trabalhar nas minhas criações. Moldados com dedicação e amor, bocados de barro disforme vão-se transformando em pequenas maravilhosas obras de escultura que ganham a solidez eterna no forno.. Por fim, são pintados com minúcia, cores vibrantes, padrões geométricos e pinturas naturais, tornando-os verdadeiras peças de arte psicadélica.. Contemplo-as, por fim, pensando que a vida é tão simples como fazermos o que nos apetece e recordando aquilo por que já passei para conseguir isto. Pensando que construí um sonho para o qual lutei a sério.. Pensando que não preciso de fazer o que ninguém me manda como se a minha vida disso dependesse...
Acordar de manhã ao lado de uma bela mulher de cabelos negros e beijá-la com ternura todos os dias. fazer amor com carinho, ternura e paixão no olhar, acumulando uma sensação de serenidade e satisfação para todo o dia. Ir ao alpendre observar o céu matinal, pintado com uma exótica mistura de cores quentes e frias, as árvores de fruta do pomar com pássaros poisados a cantarem melodias mais antigas que a própria música, a floresta circundante repleta de verdes de todos os tons. Tudo aquilo que todos, no fundo, sabemos ser a resposta mais simples para a incómoda pergunta de qual o sentido da vida...
Suspirar de satisfação em saber que consegui o que queria. ir ao quintal ordenhar a vaca e colher meia dúzia de frutas para fazer o pequeno-almoço para a minha cara-metade. Leite fresco com torradas de pão feito no meu forno com manteiga caseira e um belo sumo de laranjas do pomar...
Agradecer pela benção de estar vivo como se nascesse e tivesse consciência disso todos os dias, fumar um cachimbo de erva plantada no meu quintal e seguir a minha rotina, sempre com a cabeça cheia de ideias que me distraiam das minhas tarefas.
Cavar o quintal, plantar os meus vegetais, colher os que estiverem bons, alimentar os animais, ir buscar água ao rio e aproveitar para dar um mergulho matinal na água gelada e cristalina...
Quatro horas depois de acordar, a minha companheira chama-me para almoçar. Um delicioso prato repleto de vegetais, preparado com um carinho que reflecte a nossa felicidade por nos termos um ao outro. Fumamos juntos depois do almoço, enquanto conversamos acerca de coisas sem importância, contemplando-nos...
Desloco-me à minha oficina, suja e desorganizada. Repleta de utensílios de produção de cerâmica artesanal e com um familiar cheiro a barro húmido.. Abro as portadas, deixando a luz entrar e sento-me a trabalhar nas minhas criações. Moldados com dedicação e amor, bocados de barro disforme vão-se transformando em pequenas maravilhosas obras de escultura que ganham a solidez eterna no forno.. Por fim, são pintados com minúcia, cores vibrantes, padrões geométricos e pinturas naturais, tornando-os verdadeiras peças de arte psicadélica.. Contemplo-as, por fim, pensando que a vida é tão simples como fazermos o que nos apetece e recordando aquilo por que já passei para conseguir isto. Pensando que construí um sonho para o qual lutei a sério.. Pensando que não preciso de fazer o que ninguém me manda como se a minha vida disso dependesse...
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Dizem-nos cada treta...
O mundo mostra-nos todos os dias o que precisamos de fazer para ser felizes.. Mostra-nos que tudo tem um valor e pode ser comprado… Que a nossa felicidade só depende do esforço que façamos para o comprar… se queremos uma casa, um bom carro, um leitor mp3 de 120 Gb, temos que trabalhar bastante para o conseguir… dizem-nos que seremos felizes com um emprego que amamos, pois ganharemos dinheiro suficiente para o que quisermos fazer e comprar… dizem-nos que se não tivermos dinheiro, nunca poderemos ter uma casa, um sistema hi-fi, televisão por cabo, Internet, gás canalizado, um sofá de pele confortável, uma máquina de lavar loiça, viagens pelo mundo… dizem-nos que o emprego que amamos é o que nos permitir trabalhar pouco e ganhar muito… dizem-nos que temos que ser ambiciosos e lutar pela vida, para no final sermos e termos mais… dizem-nos que as pessoas mais felizes são as que trabalham em sítios confortáveis, onde não cheira mal, onde não transpiram, onde não se calejam, onde há ar condicionado, onde não aturam merdas, onde mandam… Dizem-nos cada treta….
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Um bom modo de vida..
Viver de pequenos prazeres baseados em buscas perdidas..
(conversa entre mim e o Manel à espera de um autocarro no Porto há coisa de 4 anos atrás)
(conversa entre mim e o Manel à espera de um autocarro no Porto há coisa de 4 anos atrás)
terça-feira, 19 de maio de 2009
É tão fácil enriquecer num país de otários...
O Sr. Primeiro Ministro de Otarioland aguardava a chegada do Dr. Júlio Flipont, que aparentemente se atrasara. Não haveria grande problema, uma vez que esta reunião se poderia revelar de uma natureza bastante benéfica. O Sr. Primeiro Ministro não é ingrato, e para além disso, sabe que com estas coisas não se brinca. Em suma, não estava para se chatear.
O local era secreto. Não é do interesse do Sr. Primeiro Ministro que se saiba destes assuntos. Uma coisa é o que o país ganha com estas vendas; outra coisa bem diferente é o que ele ganha. Mais uns minutos e o Sr. Doutor, que nunca foi mesmo doutor, mas que tem dinheiro suficiente para que assim o tratem, chegaria para discutir a questão da compra.
O Sr. Primeiro Ministro acende um cigarro, reflectindo na integridade dos seus actos. O termo "corrupção" vem-lhe à cabeça, deixando algum peso no estômago e uma pequena gota de suor a escorrer levemente pela testa. Limpa-a com um lenço e pensa: "Será que não me vou foder à conta destes esquemas? Hmmm, em princípio não.. ninguém há-de dar conta. Afinal de contas, isto parece ser o futuro da humanidade.. a privatização". Num momento de reflexão, acaba por pensar que não se voltará a candidatar. A vergonha de usar 4 anos de mandato para o seu enriquecimento pessoal e o pouco que contribuiu para o bem-estar geral lembram-no de que a decisão mais justa será oferecer o lugar ao próximo. É preciso que haja equilíbrio no mundo, caso contrário a ganância perdura.
A campainha toca. O Sr. Primeiro Ministro exalta-se, e nervoso desloca-se à porta para a abrir. Hoje não há secretária que faça isso por ele. Abre a porta, e cumprimenta o Sr. Dr. de uma forma excessivamente humilde e cordial para um Primeiro Ministro.
O Sr. Dr. Flipont, de origem Francesa e descendente de uma família de negócios abastada, entra com uma postura superior à do Sr. Primeiro Ministro. Não apenas hoje, mas todos os dias, essa postura é igual. Reflecte a de um homem pequeno, com um pénis minúsculo, mas bastante adaptado nesta sociedade urbana e anti-natura. Apesar da atraente e inteligente esposa, os filhos são burros, têm os dentes tortos e um dia serão carecas. É o que acontece quando o dinheiro entra no processo evolutivo.
O Sr. Primeiro Ministro convida o Sr. Dr. Flipont a sentar-se e oferece-lhe uma bebida. Uma bela zurrapa de €150 por garrafa é despejada sem respeito em dois copos, duas pedras cúbicas e transparentes começam a derreter lentamente e os dois cavalheiros dão início à conversa.
O assunto é a venda de empresas de serviços públicos a particulares. Ao que parece, o estado pode vender as suas companhias de serviços públicos sem qualquer necessidade da aprovação do cidadão. Os lucros que essas empresas teriam e que pertenceriam a todos podem passar muito facilmente para as mãos de empresários gananciosos e competitivos que farão essas empresas prosperar. Isto é óptimo para eles, sem dúvida. O problema é que o dinheiro ganho pelo governo com estas vendas, rapidamente se gasta em merdas e acaba. A partir daí, a vantagem obtida pelo estado é a ridícula percentagem de lucros que a empresa paga em impostos. Mas é óbvio que o que todos queremos é que a empresa prospere, seja em que mãos for. Um país ocidental precisa de uma economia próspera.
Desta vez, é a Companhia de Electricidade de Otarioland que é disputada por variados homens de negócios. É natural, pois este tipo de serviços são essenciais. É como vender papel higiénico (quem é que não precisa de papel higiénico?). A disputa é tanta que é necessário agendar reuniões secretas com o chefe de estado para combinar a venda a alguém em específico através de um modesto donativo.
Assim, e após uma longa conversa, o Sr. Primeiro Ministro combina uma troca que colocará o Sr. Dr. Flipont numa posição bastante vantajosa quanto à aquisição da dita em empresa. Com um brinde de Zurrapa de €150, ambos celebram um negócio em que nenhum ficará a perder. O Sr. Primeiro Ministro arrecada uns milhares de euros que serão secretamente depositados numa conta protegida pela lei do segredo bancário de Otarioland e o Sr. Flipont ganha a oportunidade de explorar os cidadãos Otarienses numa das suas necessidades mais básicas. A energia.
Ambos se despedem com um sorriso sincero e com um pensamento comum: "É tão fácil enriquecer num país de otários..."
O local era secreto. Não é do interesse do Sr. Primeiro Ministro que se saiba destes assuntos. Uma coisa é o que o país ganha com estas vendas; outra coisa bem diferente é o que ele ganha. Mais uns minutos e o Sr. Doutor, que nunca foi mesmo doutor, mas que tem dinheiro suficiente para que assim o tratem, chegaria para discutir a questão da compra.
O Sr. Primeiro Ministro acende um cigarro, reflectindo na integridade dos seus actos. O termo "corrupção" vem-lhe à cabeça, deixando algum peso no estômago e uma pequena gota de suor a escorrer levemente pela testa. Limpa-a com um lenço e pensa: "Será que não me vou foder à conta destes esquemas? Hmmm, em princípio não.. ninguém há-de dar conta. Afinal de contas, isto parece ser o futuro da humanidade.. a privatização". Num momento de reflexão, acaba por pensar que não se voltará a candidatar. A vergonha de usar 4 anos de mandato para o seu enriquecimento pessoal e o pouco que contribuiu para o bem-estar geral lembram-no de que a decisão mais justa será oferecer o lugar ao próximo. É preciso que haja equilíbrio no mundo, caso contrário a ganância perdura.
A campainha toca. O Sr. Primeiro Ministro exalta-se, e nervoso desloca-se à porta para a abrir. Hoje não há secretária que faça isso por ele. Abre a porta, e cumprimenta o Sr. Dr. de uma forma excessivamente humilde e cordial para um Primeiro Ministro.
O Sr. Dr. Flipont, de origem Francesa e descendente de uma família de negócios abastada, entra com uma postura superior à do Sr. Primeiro Ministro. Não apenas hoje, mas todos os dias, essa postura é igual. Reflecte a de um homem pequeno, com um pénis minúsculo, mas bastante adaptado nesta sociedade urbana e anti-natura. Apesar da atraente e inteligente esposa, os filhos são burros, têm os dentes tortos e um dia serão carecas. É o que acontece quando o dinheiro entra no processo evolutivo.
O Sr. Primeiro Ministro convida o Sr. Dr. Flipont a sentar-se e oferece-lhe uma bebida. Uma bela zurrapa de €150 por garrafa é despejada sem respeito em dois copos, duas pedras cúbicas e transparentes começam a derreter lentamente e os dois cavalheiros dão início à conversa.
O assunto é a venda de empresas de serviços públicos a particulares. Ao que parece, o estado pode vender as suas companhias de serviços públicos sem qualquer necessidade da aprovação do cidadão. Os lucros que essas empresas teriam e que pertenceriam a todos podem passar muito facilmente para as mãos de empresários gananciosos e competitivos que farão essas empresas prosperar. Isto é óptimo para eles, sem dúvida. O problema é que o dinheiro ganho pelo governo com estas vendas, rapidamente se gasta em merdas e acaba. A partir daí, a vantagem obtida pelo estado é a ridícula percentagem de lucros que a empresa paga em impostos. Mas é óbvio que o que todos queremos é que a empresa prospere, seja em que mãos for. Um país ocidental precisa de uma economia próspera.
Desta vez, é a Companhia de Electricidade de Otarioland que é disputada por variados homens de negócios. É natural, pois este tipo de serviços são essenciais. É como vender papel higiénico (quem é que não precisa de papel higiénico?). A disputa é tanta que é necessário agendar reuniões secretas com o chefe de estado para combinar a venda a alguém em específico através de um modesto donativo.
Assim, e após uma longa conversa, o Sr. Primeiro Ministro combina uma troca que colocará o Sr. Dr. Flipont numa posição bastante vantajosa quanto à aquisição da dita em empresa. Com um brinde de Zurrapa de €150, ambos celebram um negócio em que nenhum ficará a perder. O Sr. Primeiro Ministro arrecada uns milhares de euros que serão secretamente depositados numa conta protegida pela lei do segredo bancário de Otarioland e o Sr. Flipont ganha a oportunidade de explorar os cidadãos Otarienses numa das suas necessidades mais básicas. A energia.
Ambos se despedem com um sorriso sincero e com um pensamento comum: "É tão fácil enriquecer num país de otários..."
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Domingo ao acordar...
David: "Então curtiste o cheiro?"
Dávid's: "Hã?"
David: "Se te bateu o cheiro, pá..."
Dávid's: "Quê? Peidaste-te?"
Dávid's: "Hã?"
David: "Se te bateu o cheiro, pá..."
Dávid's: "Quê? Peidaste-te?"
quinta-feira, 7 de maio de 2009
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