sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Educação...

Educação? A educação que recebemos é um insulto à nossa inteligência! Educação consiste no desenvolvimento pessoal e social de cada um a partir da transmissão de conhecimentos entre gerações. Consiste na construção do indivíduo até que se torne um homem, no sentido romântico do termo...

A educação escolar do estado é corrupta, incompleta e foge por completo ao seu objectivo. É o que eu gosto de chamar especialização profissional geral. Ninguém nos prepara para pensar em algo mais do que as nossas miseráveis vidinhas nesta sociedade que mais se assemelha a uma colmeia de ignorantes. Todos aprendemos Matemática, Ciências, Economia, etc.. todos vamos para a Universidade coleccionar aprendizagem, conhecimentos, ser algo mais.. todos queremos ser alguém.. Ninguém quer ser um falhado...

Não é difícil ver uma utilidade prática na aprendizagem destas áreas de conhecimento, mas a verdade é que sempre que olho à minha volta só vejo gente especializada, mas ignorante, mal-educada e sem sentido crítico. Já ninguém se preocupa em questionar absolutamente nada, como se tudo fosse absoluto. Tal como se considera certo artista o melhor músico do mundo porque uma certa revista o divulgou como tal, considera-se tudo aquilo que se passa à nossa volta e é real para nós como verdadeiro e inquestionável. Falo de valores, ideiais, crenças, rotinas, estilos de vida, comportamento social, etc...
Suponho que seja um facto assente uma vida humana ter como único propósito prosperar individualmente a partir de normas e princípios medíocres definidos pelos outros...

Se eu fosse professor, cada esclarecimento que desse acerca de certo assunto seria seguido de um conjunto de perguntas muito simples que revolucionariam a nossa educação: "O que pensam disto? Porque é que o pensam? Que outras opiniões poderiam ter, para além dessa? Que acham do que os vossos colegas pensam? Já pensaram que aquilo que pensam é apenas isso, aquilo que pensam, e não a realidade?"

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O meu sonho..

Tudo o que eu mais quero é:

Acordar de manhã ao lado de uma bela mulher de cabelos negros e beijá-la com ternura todos os dias. fazer amor com carinho, ternura e paixão no olhar, acumulando uma sensação de serenidade e satisfação para todo o dia. Ir ao alpendre observar o céu matinal, pintado com uma exótica mistura de cores quentes e frias, as árvores de fruta do pomar com pássaros poisados a cantarem melodias mais antigas que a própria música, a floresta circundante repleta de verdes de todos os tons. Tudo aquilo que todos, no fundo, sabemos ser a resposta mais simples para a incómoda pergunta de qual o sentido da vida...

Suspirar de satisfação em saber que consegui o que queria. ir ao quintal ordenhar a vaca e colher meia dúzia de frutas para fazer o pequeno-almoço para a minha cara-metade. Leite fresco com torradas de pão feito no meu forno com manteiga caseira e um belo sumo de laranjas do pomar...

Agradecer pela benção de estar vivo como se nascesse e tivesse consciência disso todos os dias, fumar um cachimbo de erva plantada no meu quintal e seguir a minha rotina, sempre com a cabeça cheia de ideias que me distraiam das minhas tarefas.
Cavar o quintal, plantar os meus vegetais, colher os que estiverem bons, alimentar os animais, ir buscar água ao rio e aproveitar para dar um mergulho matinal na água gelada e cristalina...

Quatro horas depois de acordar, a minha companheira chama-me para almoçar. Um delicioso prato repleto de vegetais, preparado com um carinho que reflecte a nossa felicidade por nos termos um ao outro. Fumamos juntos depois do almoço, enquanto conversamos acerca de coisas sem importância, contemplando-nos...

Desloco-me à minha oficina, suja e desorganizada. Repleta de utensílios de produção de cerâmica artesanal e com um familiar cheiro a barro húmido.. Abro as portadas, deixando a luz entrar e sento-me a trabalhar nas minhas criações. Moldados com dedicação e amor, bocados de barro disforme vão-se transformando em pequenas maravilhosas obras de escultura que ganham a solidez eterna no forno.. Por fim, são pintados com minúcia, cores vibrantes, padrões geométricos e pinturas naturais, tornando-os verdadeiras peças de arte psicadélica.. Contemplo-as, por fim, pensando que a vida é tão simples como fazermos o que nos apetece e recordando aquilo por que já passei para conseguir isto. Pensando que construí um sonho para o qual lutei a sério.. Pensando que não preciso de fazer o que ninguém me manda como se a minha vida disso dependesse...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Dizem-nos cada treta...

O mundo mostra-nos todos os dias o que precisamos de fazer para ser felizes.. Mostra-nos que tudo tem um valor e pode ser comprado… Que a nossa felicidade só depende do esforço que façamos para o comprar… se queremos uma casa, um bom carro, um leitor mp3 de 120 Gb, temos que trabalhar bastante para o conseguir… dizem-nos que seremos felizes com um emprego que amamos, pois ganharemos dinheiro suficiente para o que quisermos fazer e comprar… dizem-nos que se não tivermos dinheiro, nunca poderemos ter uma casa, um sistema hi-fi, televisão por cabo, Internet, gás canalizado, um sofá de pele confortável, uma máquina de lavar loiça, viagens pelo mundo… dizem-nos que o emprego que amamos é o que nos permitir trabalhar pouco e ganhar muito… dizem-nos que temos que ser ambiciosos e lutar pela vida, para no final sermos e termos mais… dizem-nos que as pessoas mais felizes são as que trabalham em sítios confortáveis, onde não cheira mal, onde não transpiram, onde não se calejam, onde há ar condicionado, onde não aturam merdas, onde mandam… Dizem-nos cada treta….

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Um bom modo de vida..

Viver de pequenos prazeres baseados em buscas perdidas..

(conversa entre mim e o Manel à espera de um autocarro no Porto há coisa de 4 anos atrás)

terça-feira, 19 de maio de 2009

É tão fácil enriquecer num país de otários...

O Sr. Primeiro Ministro de Otarioland aguardava a chegada do Dr. Júlio Flipont, que aparentemente se atrasara. Não haveria grande problema, uma vez que esta reunião se poderia revelar de uma natureza bastante benéfica. O Sr. Primeiro Ministro não é ingrato, e para além disso, sabe que com estas coisas não se brinca. Em suma, não estava para se chatear.
O local era secreto. Não é do interesse do Sr. Primeiro Ministro que se saiba destes assuntos. Uma coisa é o que o país ganha com estas vendas; outra coisa bem diferente é o que ele ganha. Mais uns minutos e o Sr. Doutor, que nunca foi mesmo doutor, mas que tem dinheiro suficiente para que assim o tratem, chegaria para discutir a questão da compra.
O Sr. Primeiro Ministro acende um cigarro, reflectindo na integridade dos seus actos. O termo "corrupção" vem-lhe à cabeça, deixando algum peso no estômago e uma pequena gota de suor a escorrer levemente pela testa. Limpa-a com um lenço e pensa: "Será que não me vou foder à conta destes esquemas? Hmmm, em princípio não.. ninguém há-de dar conta. Afinal de contas, isto parece ser o futuro da humanidade.. a privatização". Num momento de reflexão, acaba por pensar que não se voltará a candidatar. A vergonha de usar 4 anos de mandato para o seu enriquecimento pessoal e o pouco que contribuiu para o bem-estar geral lembram-no de que a decisão mais justa será oferecer o lugar ao próximo. É preciso que haja equilíbrio no mundo, caso contrário a ganância perdura.
A campainha toca. O Sr. Primeiro Ministro exalta-se, e nervoso desloca-se à porta para a abrir. Hoje não há secretária que faça isso por ele. Abre a porta, e cumprimenta o Sr. Dr. de uma forma excessivamente humilde e cordial para um Primeiro Ministro.
O Sr. Dr. Flipont, de origem Francesa e descendente de uma família de negócios abastada, entra com uma postura superior à do Sr. Primeiro Ministro. Não apenas hoje, mas todos os dias, essa postura é igual. Reflecte a de um homem pequeno, com um pénis minúsculo, mas bastante adaptado nesta sociedade urbana e anti-natura. Apesar da atraente e inteligente esposa, os filhos são burros, têm os dentes tortos e um dia serão carecas. É o que acontece quando o dinheiro entra no processo evolutivo.
O Sr. Primeiro Ministro convida o Sr. Dr. Flipont a sentar-se e oferece-lhe uma bebida. Uma bela zurrapa de €150 por garrafa é despejada sem respeito em dois copos, duas pedras cúbicas e transparentes começam a derreter lentamente e os dois cavalheiros dão início à conversa.
O assunto é a venda de empresas de serviços públicos a particulares. Ao que parece, o estado pode vender as suas companhias de serviços públicos sem qualquer necessidade da aprovação do cidadão. Os lucros que essas empresas teriam e que pertenceriam a todos podem passar muito facilmente para as mãos de empresários gananciosos e competitivos que farão essas empresas prosperar. Isto é óptimo para eles, sem dúvida. O problema é que o dinheiro ganho pelo governo com estas vendas, rapidamente se gasta em merdas e acaba. A partir daí, a vantagem obtida pelo estado é a ridícula percentagem de lucros que a empresa paga em impostos. Mas é óbvio que o que todos queremos é que a empresa prospere, seja em que mãos for. Um país ocidental precisa de uma economia próspera.
Desta vez, é a Companhia de Electricidade de Otarioland que é disputada por variados homens de negócios. É natural, pois este tipo de serviços são essenciais. É como vender papel higiénico (quem é que não precisa de papel higiénico?). A disputa é tanta que é necessário agendar reuniões secretas com o chefe de estado para combinar a venda a alguém em específico através de um modesto donativo.
Assim, e após uma longa conversa, o Sr. Primeiro Ministro combina uma troca que colocará o Sr. Dr. Flipont numa posição bastante vantajosa quanto à aquisição da dita em empresa. Com um brinde de Zurrapa de €150, ambos celebram um negócio em que nenhum ficará a perder. O Sr. Primeiro Ministro arrecada uns milhares de euros que serão secretamente depositados numa conta protegida pela lei do segredo bancário de Otarioland e o Sr. Flipont ganha a oportunidade de explorar os cidadãos Otarienses numa das suas necessidades mais básicas. A energia.
Ambos se despedem com um sorriso sincero e com um pensamento comum: "É tão fácil enriquecer num país de otários..."

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Domingo ao acordar...

David: "Então curtiste o cheiro?"
Dávid's: "Hã?"
David: "Se te bateu o cheiro, pá..."
Dávid's: "Quê? Peidaste-te?"

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Think for yourself..

Cada vez que penso como os outros, só me fodo...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Cinismo, defeito ou qualidade?

Inúmeros termos e expressões circulam por aí sem muito boa gente ter conhecimento do seu real significado. Ouve-se com frequência mulheres criticando-se, falando em cinismo e em “expressão de cínica”, provavelmente referindo-se ao típico feitio feminino, por vezes provido de maldade e falsidade. Ora, isto nada tem a ver com o cinismo, que para quem não sabe e pretende ficar a saber, é uma antiga filosofia criada por um discípulo de sócrates, de seu nome Antístenes.
A base do cinismo seria a conquista da virtude moral, através do desapego aos bens externos e materiais. Eliminar-se-ia o supérfluo, o reconhecimento alheio, as preocupações com a saúde, o sofrimento, a morte.. Os cinistas acreditavam que nada externo a nós poderia trazer felicidade e que tudo o que o homem precisa para prosperar está dentro dele próprio.
Este conceito não terá sido muito bem interpretado ou compreendido pelo pensamento do homem comum e dependente de “coisas”, que acabou por deturpar o seu significado. Nos dias de hoje é chamado cínico a uma pessoa sem qualquer conceito de pudor e indiferente ao sofrimento alheio (significado este que também não tem muito a ver com o contexto em que é muitas vezes utilizado)
Pensa-se que esta filosofia tem origem num comentário que Sócrates fez ao passar no mercado de Atenas: “Vejam de quantas coisas precisa o Ateniense para viver”. Uma das primeiras críticas ao materialismo registadas na história...

Assim, no final deste pequeno texto, considero-me e afirmo-me cínico, pois vou encontrar a minha felicidade no interior do meu coração, na expressão dos meus valores únicos e nas minhas ideias e filosofias... Nunca outros voltarão a dizer-me que preciso disto ou daquilo ou de fazer isto ou aquilo para ser feliz..

Guardem a vossa opinião p’ra limpar o vosso real cú crítico, que só serve para criticar ninharias e mediocridades...

segunda-feira, 30 de março de 2009

Lei de Darwin

Tal como na Natureza, a lei da sobrevivência observa-se na sociedade humana: Os mais aptos prevalecem sobre os mais fracos sem quaisquer escrúpulos..

De que nos serve a inteligência, então, se continuamos a comportar-nos como animais?

The law..

Qual é a origem da lei? Quem a criou e para que fim? Será que o seu objectivo é cumprido correctamente?

De acordo com Claude Frédéric Bastiat, um pensador liberal e economista político do século XIX, "cada indivíduo tem o direito natural (oferecido por Deus) de proteger a sua identidade, liberdade e propriedade". Ora, desta forma, e como o homem é um ser social, é de esperar que tenhamos o direito implícito de nos organizar e suportar uma força comum que proteja este direito individual de forma constante. A lei.
Assim, o direito colectivo tem a sua origem no direito individual, dando a esta força (a lei) a função de o proteger. Logicamente, se o objectivo desta força colectiva é defender a identidade, liberdade e propriedade do indivíduo, a mesma não deveria poder ser usada para nenhum outro propósito que não esse, sob pena de agir contra a sua própria função. Se é um facto assente que "nenhum indivíduo possa lícitamente usar a força contra a identidade, liberdade e propriedade de outro, a força comum ou colectiva designada por lei não poderia, pelas mesmas razões, ser usada para destruir a identidade, liberdade e propriedade de indivíduos ou grupos".

A lei é a organização colectiva do nosso direito natural e individual de nos defendermos...

Infelizmente, a lei não se confina às suas funções originais. Quando isto acontece, como já foi dito, vai de encontro ao seu propósito, destruindo a justiça e os direitos individuais e colectivos que deveria proteger, e beneficiando a ganância e a cobiça de quem a criou.

Self-preservation and self-development are common aspirations among all people. And if everyone enjoyed the unrestricted use of his faculties and the free disposition of the fruits of his labor, social progress would be ceaseless, uninterrupted, and
unfailing.
But there is also another tendency that is common among people. When they can, they wish to live and prosper at the expense of others. This is no rash accusation. Nor does it come from a gloomy and uncharitable spirit. The annals of history bear witness to the truth of it: the incessant wars, mass migrations, religious persecutions, universal slavery, dishonesty in commerce, and monopolies. This fatal desire has its origin in the very nature of man -- in that primitive, universal, and insuppressible instinct that impels him to satisfy his desires with the least possible pain.
Claude Frédéric Bastiat

quinta-feira, 26 de março de 2009

Zeitgeist - Addendum

Hoje pus-me a ver dois documentários fantásticos.. Zeitgeist e Zeitgeist - Addendum. Ao ver o segundo, achei fantástico o facto de a introdução estar bastante relacionada com o meu post anterior, tendo decidido colocar dois comentários para fazer uma espécie de continuação fundamentada...

Alcançando proporções quase religiosas, a instituição monetária estabelecida existe como uma das mais incontestáveis formas de fé existente. Como o dinheiro é criado, as políticas pelo qual é controlado, e como realmente afecta a sociedade, são interesses inexistentes na grande maioria da população.

Num mundo onde 1% da população detém 40% da riqueza do planeta. Num mundo onde 34 mil crianças morrem todos os dias de pobreza e doenças evitáveis, e onde 50% da população mundial vive com menos de 2 dólares por dia, uma coisa é clara... Alguma coisa está muito errada...


Não é um sinal de saúde estar bem ajustado a uma sociedade profundamente doente... jiddu krishnamurti

quarta-feira, 25 de março de 2009

Pobreza..

Ontem, à discussão com o meu grupo de amigos, abordei a questão da pobreza e desigualdade. Em toda a conversa fui acusado de extremismo pelas minhas filosofias democrático-comunistas e de hipócrita pelo facto de eu próprio possuir os meus bens materiais (argumento sem grande validade, dado o seu valor e o apego que lhes tenho). A verdade é que ninguém me parece dar razão, quando afirmo que este mundo está completamente virado ao contrário, e muito menos ainda por não apresentar nenhuma solução. Se a solução disto tudo pudesse ser sugerida e concretizada por uma só pessoa, não estaríamos assim, não é? É triste saber que nos conformamos tão facilmente com as coisas, mesmo sabendo que não estão certas...

Ora, decidi fazer alguma pesquisa pela Net, de forma a saber um pouco acerca da pobreza e encontrei números interessantes. Aparentemente, o mundo é injusto e a miséria domina. Infelizmentem, de acordo com muitas mentalidades, a pobreza só existe porque as pessoas não se esforçam, nem estudam, nem trabalham, nem querem saber de uma vida melhor. Em suma, os pobres são uns burros e relaxados que só não são doutores ou engenheiros porque não quiseram. E os ricos têm o dinheiro todo que têm porque o mereceram. Agora, a questão é? De onde veio esse dinheiro? Foi Deus que lhes deu? Foi o estado? Como é que se ganha dinheiro neste mundo? Na minha opinião (e neste caso admito que serei um pouco radical), ganha-se dinheiro de muitas mais formas e muito menos dignas e correctas do que realmente se deveria. Se existem leis ridículas para regulamentar as substâncias que introduzimos no nosso próprio organismo e para prevenir a eutanásia e o aborto, porque raio é que não existem leis que beneficiem um "pouquinho de nada" mais quem trabalha, se ao fim-e-ao-cabo, o trabalho é o que gera as fortunas? Há uma resposta muito simples: Não podemos de forma alguma prejudicar o crescimento económico, ou as empresas não terão dinheiro para pagar ao fisco, estando também a prejudicar o crescimento económico da nação. Mas afinal que merda é esta? Um país é alguma firma que tem que prosperar contra outras "empresas-nações"? E que é feito das pessoas? E para que é o dinheiro, se há gente a viver com condições de vida precárias e sem qualquer poder de compra, a educação está na bancarrota, e o mundo está em crise? Parece-me a mim que a causa desta bela crise que nos assolou é essa maldita ganância de transformar dinheiro em mais dinheiro. Só há um pequeno problema.. Dessa forma, como é que o dinheiro não iria acabar? Que utilidade é que têm para a sociedade milhões e biliões em contas privadas, luxos, gastos desmedidos e impensáveis, se não há dinheiro para o básico? Infelizmente, essas pessoas "mereceram-no, trabalharam para isso" e têm todo o direito de o ter.. Aqui remeto para um dito de confúcio que coloquei num post anterior: "Num país bem governado, a pobreza é uma vergonha. Num país mal governado, a riqueza é uma vergonha..."

Gostaria também de clarificar a questão da origem da pobreza, para quem pensa que são a burrice e a preguiça:

- Factores Político-legais: Corrupção, inexistência ou mau funcionamento de um sistema democrático e fraca igualdade de oportunidades.
- Factores Económicos: Sistema fiscal inadequado (o meu preferido), representando um peso excessivo sobre a economia ou sendo socialmente injusto; a própria pobreza, que prejudica o investimento e desenvolvimento (e aqui temos o ciclo da podridão)
- Factores sócio-culturais: Reduzida instrução, discriminação social, valores predominantes na sociedade, exclusão social, crescimento muito rápido da população (quem não tem dinheiro para uma televisão, diverte-se de outras formas, né?)
- Factores Naturais: Desastres naturais, climas, doenças.
- Problemas de saúde: Adição a drogas ou alcoolismo, doenças mentais, "doenças da pobreza" como a SIDA e a Malária, deficiencias físicas.
- Factores Históricos: Colonialismo, passado de autoritarismo político.
- Insegurança: Guerra, genocídio, crime.

Portanto, quando quiserem abrir a boca para dizerem merdas do género: "Ai, eu prosperei, mas foi porque estudei e trabalhei para uma vida melhor, enquanto muita gente que anda aí não quer é fazer nada", pensem apenas que qualquer otário consegue estudar, formar-se ou tirar um curso na Universidade. Apenas precisa de condições para tal...

Agora os números (não se assustem):
- Todos os anos morrem 18 milhões de pessoas por razões relacionadas com a pobreza, dando um modesto total de 50 mil por dia.
- Mais de 800 milhões de pessoas estão subnutridas.
- Todos os anos, cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem 5 anos.
- 1 Bilião e 100 milhões de pessoas, cerca de um sexto da humanidade, vive com menos de 1 dólar por dia.
- 2 Biliões e 700 milhões vivem com menos de dois dólares por dia.

Mais de metade do mundo é pobre. A outra metade está quase toda ela podre...

terça-feira, 10 de março de 2009

Ai, eu digo sempre o que penso...

Humpf.. Quem não conhece alguém que se vanglorie de ter esta formidável “qualidade”? Quem não ouviu já alguém falar muito altivamente da sua capacidade de dizer tudo o que pensa e expressar sempre a sua opinião? Há quem lhe chame franqueza, sinceridade, honestidade, “não ter papas na língua”... há até quem lhe chame mau feitio. A mim parece-me idiotice pura e falta de bom senso.. talvez uma verdadeira mostra de arrogância e excesso de narcisismo e cinismo.
Qual a razão desta minha opinião tão radical? Muito simples... sou uma pessoa como outra qualquer. Modesto o suficiente para saber que não sou mais, nem menos que os outros. Como qualquer outra pessoa, nem sempre penso da melhor forma, nem tenho a opinião mais correcta acerca das pessoas e coisas. Ora, se dissesse tudo o que penso, correria o risco de dizer muita merda. Por isso, como uma pessoa sensata, faço uma triagem dos meus pensamentos e opiniões, falando apenas aquilo que acho valer a pena, pois as minhas palavras podem magoar, mesmo não estando correctas.. A isto se chama viver em sociedade..
Portanto, quando pensarem em expressar a vossa opinião e dizer algo que possa magoar quem esteja a ouvir e cujo conteúdo seja discutível, pensem:

Até um idiota passa por inteligente se ficar calado...

terça-feira, 3 de março de 2009

Ancient wisdom...

Durante o trabalho, em momentos de ócio, tomo a liberdade de aprender pequenas pérolas com a ajuda da maior biblioteca do mundo: a Internet. Hoje decidi fazer mais uma odisseia na wikipédia (saltar de link em link), onde descobri o Confucianismo, uma antiga filosofia bastante interessante que foi criada por um senhor chinês de seu nome Confúcio.
O Confucianismo é baseado em sólidos princípios morais, integridade, justiça, honestidade e muitos outros conceitos de ética e moral que fascinam pela sua antiguidade e que parecem ter sido esquecidos pela sociedade moderna. Quem ler os ditos de Confúcio, aperceber-se-á da facilidade que têm em soar bem nos nossos ouvidos, deixando-nos com a ideia de que é fácil tornar-mo-nos melhores pessoas e viver em sociedade duma forma correcta e honesta...

- Choose a job you love, and you will never have to work a day in your life
- What you do not want done to yourself, do not do to others
- A superior man is modest in his speech, but exceeds in his actions
- In a country well governed, poverty is something to be ashamed of. In a country badly governed, wealth is something to be ashamed of
- It does not matter how slowly you go as long as you do not stop
- It is easy to hate and it is difficult to love. This is how the whole scheme of things works. All good things are difficult to achieve; and bad things are very easy to get
- It is more shameful to distrust our friends than to be deceived by them
- No matter how busy you may think you are, you must find time for reading, or surrender yourself to self-chosen ignorance
- Our greatest glory is not in never falling, but in rising every time we fall
- The faults of a superior person are like the sun and moon. They have their faults, and everyone sees them; they change and everyone looks up to them
- The more man meditates upon good thoughts, the better will be his world and the world at large
- The superior man thinks always of virtue; the common man thinks of comfort
- The superior man understands what is right; the inferior man understands what will sell
- To know what is right and not to do it is the worst cowardice
- Virtue is not left to stand alone. He who practices it will have neighbors
- When anger rises, think of the consequences
- When it is obvious that the goals cannot be reached, don't adjust the goals, adjust the action steps
- Without feelings of respect, what is there to distinguish men from beasts
- Wisdom, compassion, and courage are the three universally recognized moral qualities of men

... e por fim, a minha preferida:

I hear and I forget. I see and I remember. I do and I understand

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Piadas de Biologia..

- O que são dois pontos pretos observados ao microscópio?
Uma Blacktéria e um Pretozoário..

- O que diz um cromossoma para o outro?
Oh.. Cromossomos felizes..

- Como é que as enzimas se reproduzem?
Umas enzima das outras..

- O que acontece aos genes que violam a lei?
São mandados para a Cadeia de DNA..

- Defensor da Biodiversidade! Protector da Natureza!O Guardião dos animais, plantas, fungos e seres procarionte.. Amante da Biosfera! O Super-herói do Mundo vivo!

O ESPÉCIE-MAN!!!


(peço perdão a quem não aprecia piadas secas)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Civis e Militares...

Qual é a diferença entre um civil e um militar?
O civil pode ser militarizado mas o militar não pode ser civilizado...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

David, o que gostavas de ser quando fores grande?

Quando for grande? Quando for grande quero ser rico! Quero ter muito dinheiro para poder comprar muitas coisas caras e ser melhor que os pobres. Os pobres não têm dinheiro, e portanto são menos inteligentes que os ricos. Se fossem inteligentes, espertos e boas pessoas seriam ricos e prósperos, não é? E quero ser rico também para ter uma empresa muito grande onde trabalharão muitos pobres, a quem pagarei o mínimo que o governo me obrigar, porque o dinheiro que ganharei com o trabalho deles vai ser muito mais bem aproveitado para pagar as minhas coisas caras e luxuosas do que para esses pobres burros que só sabem trabalhar para sobreviver e se sustentarem, em vez de aproveitarem a vida a sério, como fazem os ricos. Quero ser rico porque só os ricos é que vestem roupas bonitas e caras, fazem coisas interessantes e conhecem sítios bonitos. Quero ter dinheiro que chegue para milhares de famílias de pobres viverem durante anos e guardá-lo todo para mim, para os outros ricos verem que eu sou como eles e quererem fazer coisas que ricos fazem comigo. Quero ser rico para os meus filhos não me acharem uma merda como eu vos acho a vocês, meus pais, por serem pobres. Para que os filhos dos outros ricos não gozem com os meus por não ser rico. Quero ser rico porque o dinheiro resolve todos os problemas que as pessoas têm e serve para comprar tudo. Se for rico nunca terei um cancro ou um par de cornos...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Era uma vez um bicho feio...

Era uma vez um bicho feio como tu que tás a ler esta bodega! Além de feio, era burro... Na realidade, esse bicho era muito parecido contigo!

Realmente, agora que continuaste para o parágrafo seguinte, só podes ser mesmo como o bicho. Ele fedia a cú e tinha hálito de caganeira. Tal e qual como tu… Ah ah ah!